Há viagens diferentes daquelas
que imaginamos…
Tenho pena que às vezes as
escolhas que fazemos nos afastem das pessoas e coisas que são mais importantes
para nós. Mas ao mesmo tempo consigo acreditar que isso é, também, uma forma de
desprendimento e de desafio dos próprios limites.
Admiro quem parte e deixa “tudo”
para trás. Às vezes (muitas vezes, se calhar) também gostava de ter essa
coragem. Mas depois vêm à tona os sentimentos, aquilo que nos “prende” aqui ou
ali e que nos impede, muitas vezes, de mover.
Ser feliz é um conceito complexo
e perigoso… idealizamos uma felicidade no futuro que por vezes não é
efectivamente aquela que nos faz feliz, se é que isso faz sentido.
Acho importante a introspectiva,
ter a capacidade de perceber em si mesmo a transformação que acontece ou que
precisa acontecer.
Os sentimentos fazem-nos crescer…
Há uns anos alguém me disse que
tinha que ser capaz de cortar as amarras com o meu passado de “jovem e
adolescente” e aceitar o facto de ser adulta. Acho que esta é daquelas viagens
que menos real é quando a idealizamos. Pelo menos, para mim, assim é.
O que pensava há 10 anos atrás é,
com certeza, muito diferente daquilo que é hoje.
Não é necessariamente mau, não é
isso! Acho apenas interessante constatar o poder que a nossa mente tem de criar
uma viagem e de nos “preparar” para a mesma de uma forma tão distinta daquilo
que a realidade pode vir a ser.
Há formas de energia tão
peculiares e distintas para cada um. É bom ser diferente e é bom ter pessoas
como nós. Mas é também muito bom ter pessoas que nos conseguem ler e perceber
aquilo que “aqui vai”.
Percebo agora que tinha saudades
de escrever assim, ideias e pensamentos, sem um propósito específico. “Coisas
da alma”, é isso! J
Às vezes é bom parar, mesmo que o
mundo gire sem “lá estarmos” por um bocadinho. Faz-nos bem! Ufa, custa mas é
mesmo bom!
Acho que “cortar amarras” é forte
de mais e a velocidade de adaptação depende de pessoa para pessoa, claro. A
minha é, sem dúvida, rapidíssima para algumas coisas e tão lenta para outras. Mudo rapidamente de estratégia, mas não
mudo rapidamente de sentimentos. É isso!
Até já. J
Saudades da Gaivota.
Gosto muito desta perspectiva, foi um bom trabalho de "instrospecção" ;)
ResponderEliminarbeijinho